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Às oito da manhã, pontualmente,
Enquanto eu preparava o desjejum,
Passada pela porta, de repente,
Chegou-me uma mensagem incomum.

A linguagem, altiva e presunçosa,
Talvez não fosse mais reveladora
Do que se recobria sob a prosa,
Como sob lençóis outrora fora.

Instava-me, num torto desafio,
A contar para todos os seus feitos,
Ou manter o que inda hoje silencio
E dar-lhe um elogio contrafeito.

Ao sol do meio-dia, disse tudo
Exceto o que devia sobretudo.

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