erguemos nossos templos sobre o lodo (C. Leonardo B. Antunes)
erguemos nossos templos sobre o lodo
e agora incrédulos sentimos algo
de monstruoso a revolver-se embaixo
de nossas santas instituições.
agora e só agora percebemos
que os fúmidos incensos que incensamos
afluíam de fora, dessas brumas
sulfurosas, que sempre nos trouxeram
revelações veladas, vultos doces
e toda sorte de maquinações.
não somos bárbaros, meu Deus, mas temos
um pendor ao oculto mais inculto.
é tarde para amarmos a justiça.
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