Elegia para João Bosco, in memoriam (C. Leonardo B. Antunes)
"Quem quer picanha grite 'eu sou bobinho!'",
Dizias de avental na churrasqueira
Enquanto nós nadávamos, meninos
Dispostos noutro tempo, noutras eras,
Num mundo em que – não sei nem descrever
De tão querido – já não mais existe
Exceto nas lembranças que cultivo
Em labiríntico jardim oculto.
Partiste, amigo, professor de tantas
Traquinices e sensibilidades,
De tantas músicas e melodias,
De tanta exuberância culinária.
Conhecias os astros e as estrelas,
A exata fórmula que descrevesse
Os giros cósmicos aos quais retornas
Enquanto permaneço aqui, bobinho.
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