Anacreonte Fr. 395 (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
Estão cinzas meus cabelos;
A cabeça já está branca;
Juventude graciosa
Foi-se embora; os dentes, velhos:
Do período adocicado
Do viver me pouco resta.
Disso vem meu desespero
Pelo Tártaro, assombrado,
Pois do Hades é terrível
O seu antro, bem difícil
A descida, e com certeza
Quem descende não retorna.
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