Luas (C. Leonardo B. Antunes)
O tempo passa e eu envelheço em vão,
Suspenso por memórias desiguais
Das tardes de Atibaia no verão
Ao lado dos avós e dos meus pais:
A minha irmã pequena e o meu irmão
Brincavam nos pomares, nos quintais,
Enquanto a tia procurava um cão
Perdido pelas matas ancestrais.
À noite, sempre no horizonte, plena,
Atrás dos montes, vinha a lua cheia,
Qual jamais vi de novo igual nem há –
Não vi de novo igual nem há –, mas, se na
Cor da noite teu rosto se intermeia,
Alguma coisa em mim se encontra em paz.
Comentários
Postar um comentário