Lord Byron, Ela caminha em graça (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
Ela caminha em graça, como a noite nua,
Desnuda de suas nuvens, quando o céu fulgura,
E todo o bem das sombras e da luz da lua
Se encontra nos seus olhos e na sua figura,
Mesclado à branda luz que apenas se insinua
Do paraíso à terra nas manhãs mais puras.
Um pouco mais de treva, um pouco mais de luz
Teriam repartido essa delicadeza
Que flui por cada mecha negra ou se traduz
No brilho comedido com que se embeleza
Seu rosto onde pensares doces fazem jus
Ao quão querido e puro ele é por natureza.
E sobre essa bochecha e em todo esse semblante,
Tão delicado e calmo, mas tão eloquente,
Sorrisos que conquistam, cores mais brilhantes,
Porém que contam sobre dias reverentes,
Uma alma em paz com tudo de que está diante,
Um coração do qual o amor é inocente!
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