Hino Homérico 1, a Dioniso (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
[...]
Uns em Dracano enquanto outros na Icário varrida por ventos,
Outros em Naxos, progênie divina, cerzido na carne,
Outros ao lado do rio de profundas encostas, o Alfeu,
Dizem ter Sêmele a Zeus que se apraz com trovões te gerado.
Outros afirmam ainda que em Tebas nasceste, senhor.
Todos errados: o pai dos humanos e deuses gerou-te
Longe dos homens, oculto de Hera de braços argênteos.
Há certa Nisa, montanha mais alta e florada de lenhos,
Lá na longínqua Fenícia, vizinha dos flúmens do Egito,
[...]
"E hão de se erguer monumentos diversos para ela nos templos.
Como esses ritos são tríades, sempre em três anos os homens
Vão te fazer hecatombes perfeitas nas festividades."
Disse e assentiu com sobrolhos escuros o filho de Crono.
Com ambrosia, imortais, da cabeça do rei se moveram
Os seus cabelos. O Olimpo altaneiro ele fez balançar.
Zeus sabedor dessa forma falou e assentiu com o cenho.
Sê favorável, cerzido na carne, enlouquece-mulheres,
Nós, os cantores, cantamos de ti por primeiro e por fim,
Pois nenhum canto é sagrado sem ter a memória de ti.
Salve, portanto, Dioniso, que foste cerzido na carne,
Junto de Sêmele, mãe para ti, a quem chamam Tiona!
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