Quem dera eu fosse essa fotografia (C. Leonardo B. Antunes)
Quem dera eu fosse essa fotografia,
Que dorme à noite ao lado do teu rosto,
Sentindo-te o calor, o cheiro e o gosto,
Que evola dos teus lábios, de ambrosia.
Talvez, se a madrugada fosse fria,
Tu me abraçasses junto ao peito, posto
Entre teus seios, onde, recomposto
Em paz, a noite inteira eu dormiria.
Seria tão feliz! Mas que inveja
Desse homem da fotografia, um deus
Decerto por ganhar o teu favor.
Por maior que a ironia disso seja,
Invejo-o duplamente por ser eu
Esse homem que recebe o teu amor.
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