A busca e a súplica (C. Leonardo B. Antunes)
Diante do mistério em que se encerra
O ser de tudo aquilo quanto existe,
Na busca diuturna, perco, triste,
O rastro por que espreito o chão da terra.
Se torno os olhos para o céu, aferra
À mente a imagem de que te partiste
E dói-me pois te quero tanto – quis-te
Desde o primeiro dia, quando a guerra
Apenas se podia ouvir distante,
Como um murmúrio incerto de existir
Em meio ao território imaginável.
Agora existo apenas suplicante,
Rogando a Deus que te permita vir
De volta a quem te ama além do amável.
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