Rumiana (C. Leonardo B. Antunes)
Nem sempre eu fui assim, descontrolado,
Sem tino, sem razão, sem julgamento.
Eu era sábio, a tudo sempre atento;
Como tu és, eu era no passado.
Olhava para o mundo, imperturbado,
E articulava grandes pensamentos,
Julgando a vida como um movimento
Externo à calma do meu ser centrado.
Vencia em tudo, nunca era o segundo,
Pois eu não conhecia, ainda então,
O verdadeiro amor, que é tão profundo
E contra o qual a luta é tão em vão,
Que só de imaginá-lo longe o mundo
Já perde toda a significação.
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