Cosmo (C. Leonardo B. Antunes)
Teu rosto reclinado ao travesseiro,
Indescritível por demais sagrado,
Sustenta a ordenação do mundo inteiro
Lá donde em meu pensar é recordado.
Se acaso na tarefa da memória
Um traço pequenino foge à mente,
Há risco de alterar-se toda a história
Humana e não haver futuro à frente.
Depende não da física celeste
O curso das estrelas no universo,
Mas, sim, de que se prove sempre ao teste
Do tempo o meu poder lembrar-te em verso.
O quanto do meu peito estás ao fundo
É o tanto de sentido que há no mundo.
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