Hino Homérico 33, aos Dióscuros (trad.: C. Leonardo B. Antunes)


Musas de vívidos olhos, cantai-me os dois filhos de Zeus,
Prole brilhante de Leda dos pés adoráveis, Tindáridas,
Cástor que doma cavalos e Pólux irrepreensível.
Tendo se unido em amor ao Cronida de nuvens escuras,
Ela os gerou sob os picos do monte Taígeto ingente,
Filhos que salvam os homens terrestres nos barcos velozes
Quando se agitam os ventos ao longo do mar implacável
Ao despontar da borrasca, pois esse é o momento em que os nautas
Chamam os filhos de Zeus grandioso, fazendo-lhes votos
De alvos carneiros se pondo na parte mais alta da proa.
Mas uma enorme lufada em conjunto com ondas marinhas
Põe o navio sob a água. Eis que súbito surgem os dois
Com suas asas velozes movendo-se em meio ao ar.
Rapidamente interrompem os ventos penosos da chuva,
Bem como as ondas, que pausam na vasta brancura do mar.
Belos sinais eles são e das penas, o alívio. Ao vê-los,
Todos se alegram e alcançam descanso da pena dorida.
Salve, Tindáridas, ágeis ginetes de vossos cavalos!
Ora de vós eu irei me lembrar e de uma outra canção!

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