Hino Homérico 27, a Ártemis (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
Ártemis de hastes douradas, que clama a caçada, é quem canto,
Virgem augusta, que lança suas setas no gamo, flecheira,
Ela e não outra é a irmã para Apolo da espada dourada.
Sobre as montanhas umbrosas e os cumes cortados por ventos,
Saca o seu arco de ouro maciço, alegre ao caçar,
E suas flechas doridas atira. Estremecem-se os picos
De altas montanhas e as matas cerradas ecoam com gritos
Hórridos vindos das feras. A terra é tomada em tremor,
Bem como o mar rico em peixes. Mas com coração resoluto
Vira-se a todos os lados, matando a linhagem das feras.
Quando por fim se contenta a flecheira com sua caçada,
Tendo já o ânimo alegre, relaxa o seu arco flexível
E vai então para a grande morada do irmão estimado,
De Febo Apolo, que fica na terra fecunda de Delfos,
Para ordenar a belíssima dança das Graças e Musas.
Lá dependura por fim o seu arco recurvo e suas flechas
E então conduz, com a forma alinhada e repleta de graça,
Dando o início às danças, enquanto com voz ambrosíaca
Canta-se o fato de Leto dos pés graciosos ter tido
Filhos supremos em meio aos eternos em mente e em seus feitos.
Salve, crianças de Zeus e de Leto de belos cabelos!
Ora de vós eu irei me lembrar e de uma outra canção!
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