Anacreonte Fr. 347 (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
(A)
[Era belo o viço jovem
Do teu rosto de menino,]
Do cabelo que cobria
Teu pescoço delicado.
Ora te fizeram calvo:
Teu cabelo se tombou
Sobre rudes mãos e para o
Chão se foi num monte escuro,
Tendo se tolhido ao ferro
De uma lâmina. Logo eu sofro,
Pois o que fazer se mesmo
Pela Trácia se falhou?
(B)
Ouço aquela moça que se
Reconhece facilmente
Muitas vezes lamentando
E culpando seu destino:
"Sofreria menos, mãe,
Se me carregasses para
O implacável mar e suas
Ondas negras, turbulentas."
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