Hino Homérico 32, a Selene (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
Musas, cantai a respeito da lua e suas asas compridas,
Filhas de Zeus, do Cronida, versadas nas artes do canto.
De seu semblante imortal lá no céu vem pra terra o seu brilho,
Feito um enlace e do brilho esplendente uma enorme harmonia
Faz-se presente. Reluz, mesmo estando sem luz há um momento,
O ar a partir de sua láurea dourada e seus raios fulguram
Sempre que, tendo banhado seu corpo bonito no Oceano,
Põe suas vestes que brilham de longe a divina Selene
E após jungir os seus potros de fortes pescoços, brilhantes,
Corre adiante com seus animais de crineiras compridas
No entardecer à metade do mês: é o momento em que está
Cheia a sua órbita e então ela brilha mais forte ao crescer
No alto do céu, um sinal confiável pros homens mortais.
Foi certa vez ao seu leito o Cronida pra unir-se em amor,
Ao que ela então concebeu e gerou uma filha, Pandeia,
Que sempre excele entre os deuses eternos na forma adorável.
Salve, senhora, divina Selene de cândidos braços,
Acolhedora de belos cabelos! Agora te deixo
Para cantar sobre a glória dos semi-divinos, honrados
Pelos seus feitos nos lábios amáveis dos servos das Musas.
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