Hino Homérico 31, a Hélios (trad.: C. Leonardo B. Antunes)


Hélios brilhante, Calíope, Musa nascida de Zeus,
Canta-me, a quem Eurifáessa de olhos bovinos gerou

Para o rebento de Gaia e de Urano coberto de estrelas, 
Sim, pois Hipérion glorioso casou-se com sua irmã,
Com Eurifáessa, que lhe gerou três crianças formosas: 
Éos, a de braços rosados, Selene de belos cabelos,
E Hélios que nunca se cansa, semelho na forma aos eternos. 
Ele fulgura pros homens e para os eternos divinos 
Sobre seu carro, com olhos pungentes mirando através
Do elmo dourado e emitindo a partir de si próprio brilhantes
Raios que a todos deslumbram. Seus cachos fulgentes emoldam
Graciosamente os dois lados de um rosto que brilha de muito 
Longe. Cintila por cima do corpo uma veste bonita, 
Bem trabalhada, que voa no vento. Corcéis o carregam.
Logo detém seus cavalos e o carro de jugo dourado
E sobre o ponto mais alto do céu ele tem seu descanso,
Para em seguida descer pro Oceano de modo espantoso. 
Salve, senhor! De bom grado concede o que alegra esta vida!
Tendo iniciado por ti, louvarei ora os semi-divinos, 
Cujas façanhas as deusas mostraram pros homens mortais.

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