Hino Homérico 28, a Atena (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
Canto a respeito de Palas Atena, deidade gloriosa
De olhos brilhantes, de planos diversos, de cárdio incansável,
Virgem augusta, guardiã de cidades, impávida dama,
Filha terceira, que Zeus sabedor deu à luz por si próprio
De sua cabeça sagrada, vestida com armas de guerra
Áureas e esplêndidas. Maravilharam-se todos os deuses
Quando a miraram e Atena saltou da cabeça imortal,
Pondo-se cheia de ímpeto em frente de Zeus porta-égide
Com sua lança afiada na mão e o Olimpo tremeu
Fundo à visão da deidade dos olhos brilhantes. A terra
Toda se pôs a gritar com terror. Sobre o mar negras ondas
Logo quebraram pra todos os lados e espuma irrompeu
Subitamente. O rebento brilhante de Hipérion parou
Por um momento os seus ágeis cavalos até que a donzela
Palas Atena tirou dos seus ombros eternos por fim
Sua armadura deífica e Zeus sabedor se alegrou.
Salve, portanto, donzela nascida de Zeus porta-égide!
Ora de ti eu irei me lembrar e de uma outra canção!
Creio que a palavra "terceira" entrou como tradução direta de tritoéneia (Τριτογένεια), isto é, "tritogênia" em português (mais adequada), que designaria o nascimento de Atena pela dor de cabeça de Zeus. Não é uma crítica, é uma sugestão. Abraços.
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