Teognídeas vv. 341-50 (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
Cumpre-me, Olímpico Zeus, minha prece solene e mortal:
Dá-me sentir algo bom vindo dos males que tenho,
Ou que eu pereça se não encontrar um descanso pra minha
Inquietude. Que eu dê dor como paga pra dor,
Pois é meu fado. Porém, não existe um retorno evidente
Para quem me despojou das minhas posses à força.
Sou como o cão que cruzou o riacho dos montes na cheia
Vinda no inverno e agitou tudo pra longe depois.
Possa eu beber o seu sangue sombrio! E que um nume fiel
Faça isso tudo se dar como desejo que seja.
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