Leônidas de Tarento, Ant. Pal. 306 (trad.: C. Leonardo B. Antunes)


            Anacreonte, esse idoso repleto de vinho e sem prumo:
               Olha como ele se põe todo encurvado na pedra,
            Como esse velho nos fita com olhos de intenso desejo,
               Sempre deixando no chão rastros de manto aos seus pés.
            Um dos sapatos se foi ao tomar um sopapo do vinho:
               Causa de agora calçar um de seus pés só com rugas.
            Canta a respeito da graça de Bátilo ou de Megistes.
               Tendo a sua lira nas mãos, sempre ela enferma de amor.
            Pai Dioniso, protege-o, pois não me parece correto um
               Servo de Baco cair sob os efeitos de Baco.

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