Anacreônticas 50 (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
A cada vez que eu bebo vinho,
Conforme Baco me percorre,
Meu coração se aquece inteiro
E canta os claros tons das Musas.
A cada vez que eu bebo vinho,
As minhas preocupações
E ansiedades são jogadas
Ao vento que golpeia o mar.
A cada vez que eu bebo vinho,
Recebo do lirista Baco
Os hálitos de muitas flores
Que me deleitam na bebida.
A cada vez que eu bebo vinho,
Eu entrelaço láureas flóreas
E as ponho acima do meu rosto,
Cantando o tempo bom da vida.
A cada vez que eu bebo vinho,
Eu molho o corpo com perfume
E, tendo uma garota nos
Meus braços, canto sobre a Cípria.
A cada vez que eu bebo vinho,
A minha mente se abre pela
Ação da taça arredondada
E eu aprecio os jovens báquios.
A cada vez que eu bebo vinho,
Não peço mais que este proveito.
Que eu o aceite e o leve embora,
Pois morrerei também um dia.
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