Anacreônticas 34 (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
Julgamos-te feliz, cigarra,
Quando sobre as árvores altas,
Tomado um pouquinho de orvalho,
Tu cantas, então, como um rei!
Os campos, até onde a vista
Alcança, te pertencem. Tudo
Que a mata produz te pertence.
És amiga dos camponeses:
Jamais tu roubas algo deles.
Tu és honrada entre os mortais,
Profeta doce do Verão.
As Musas amam-te e também
Te ama o próprio Febo, que te
Deu uma límpida canção.
A ti, velhice não oprime,
Sábia, terrânea, amante de hinos.
Sem dor nem sangue em suas carnes,
Pareces mais com um dos deuses.
Comentários
Postar um comentário