Anacreônticas 32 (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
Sobre um leito de delicados
Ramos de lótus e de mirto,
Eu desejo fazer um brinde!
Que o Amor amarre ao redor
Do pescoço a túnica com
Papiro e me sirva de vinho,
Pois a vida gira depressa,
Como as rodas de uma biga:
Em breve jazeremos com
Os ossos soltos sob a terra.
Pra que perfumar uma pedra?
Pra que dar vinho para o solo?
Perfuma-me enquanto estou vivo,
Cinge-me a cabeça com rosas
E chama aqui a minha moça,
Pois antes que eu me una às danças
Dos mortos, eu desejo, Amor,
Dispersar a minha inquietude.
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