Anacreônticas 18 (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
Dai para mim, mulheres, dai
Um Brômio pra eu beber num gole,
Pois o calor me faz febril
E já me encontro aqui gemendo.
Dai-me as guirlandas dele, cheias
De flores, dai-me, pra eu cingir
A minha testa já queimada.
Mas como, coração, irei
Fugir da febre dos Amores?
À sombra de Bátilo irei
Sentar. É bela a árvore e ela
Balança os seus cachos macios
Em galhozinhos dos mais tenros.
Por perto existe uma nascente que
Sussurra com persuasão.
Ao ver um tal recanto, quem
O poderia ignorar?
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