Anacreônticas 13 (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
Eu quero, eu quero amar alguém.
O Amor urgiu pra que eu amasse,
Porém fui insensível no
Pensar e não obedeci.
De pronto o Amor então tomou
Seu arco e sua aljava áurea
E me chamou para lutar.
Vesti, então, por sobre os ombros
Meu corselete, feito Aquiles.
Tomei a lança e meu escudo
E fui à luta contra o Amor.
Ele atirava. Eu me esquivava.
Por fim, quando se viu sem flechas,
Ficou nervoso e arremessou-se
Como se fosse algum projétil.
Feriu-me bem no coração
E fez lassarem-se meus membros.
Meu armamento é todo em vão.
Pra que lançar pra longe a lança
Se travo a luta dentro em mim?
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