Anacreônticas 1 (trad.: C. Leonardo B. Antunes)
Anacreonte, o cantor
De Teos me viu e falou
Comigo num dos meus sonhos.
Corri em sua direção,
Beijei-o e o abracei,
Pois mesmo velho era belo
E além de belo, amoroso,
Cheirando a vinho nos lábios.
E visto que ele tremia
O Amor tomava a sua mão.
Depois me deu a guirlanda
Que tinha sobre a cabeça:
Cheirava a Anacreonte.
Eu, tolo, então a aceitei:
Ergui-a e a pus sobre a testa.
E desde então nunca mais
Cessei de me apaixonar.
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