Sólon Fr. 27 (trad.: C. Leonardo B. Antunes)


Um garotinho produz um cercado de dentes e o perde,
    Dentro de sete verões, pela primeira das vezes.
 Quando se encerram sete anos de novo por obra do deus,
    Passa a mostrar os sinais da puberdade chegando.
 Já no terceiro, recobre-se o queixo de pêlos, seus membros
    Inda mantêm-se a crescer, muda de cor sua tez.
 Dentro do quarto septênio, encontram-se todos no auge
    Físico, onde os sinais de varonia aparecem.
 Chega no quinto a estação em que um homem se deve casar,
    Para que possa criar filhos que o irão suceder.
 Dentro do sexto, possui uma mente versada no mundo
    E ele demonstra não ter gosto para atos estultos.
 Dentro dos sétimo e oitavo septênios, a língua e a mente,
    Nesses quatorze verões, chegam por fim a seu auge.
 Quando no nono, inda tem seu valor, mas a sabedoria
    E a sua fala também deixam pra trás o apogeu.
 Caso alguém chegue até o décimo, indo de estágio em estágio,
    Não vai enfim encontrar antes do tempo a sua morte.

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